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Técnicos dos MINCT e do MES abordam promoção de boas práticas na investigação científica

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), no âmbito do Mecanismo de Coordenação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCSNCTI),  acolheu a 25 de Maio de 2016, nas suas instalações em Luanda, a primeira Reunião de um Grupo Técnico constituído por Directores Nacionais Executivos, Directores Gerais e Consultores do MINCT e MES (Ministério do Ensino Superior).

Este primeiro encontro de trabalho teve a finalidade de tratar de questões que visem reforçar as boas práticas no que tange a implementação de actividades de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação (IDI) no nosso país.

Estiveram no centro das atenções questões relativas a um melhor alinhamento das actividades de IDI aos indicadores-padrão, com vista a mensurar de forma objectiva os resultados de investigação científica e a optimizarem-se os recursos disponíveis, evitando-se a pulverização e dispersão de iniciativas e sinergias.

Também mereceram atenção outras questões como a adopção de normas que visem tornar mais claro o tempo que deve ser dedicado pelos docentes universitários às actividades didáctico-pedagógicas e à investigação científica, bem como fazer com que os cursos de mestrado implementados em Angola possam, efectivamente, contribuir para o crescimento das produções científica e tecnológica do país.

Foram ainda criadas subcomissões de trabalho que deverão analisar e trocar experiências sobre assuntos que têm que ver com a expansão, licenciamento, avaliação e acreditação dos actores colectivos e singulares que realizam actividades de IDI, visto que está em curso um processo de adequação das instituições de IDI e dos Conselhos Científicos (Decretos Presidenciais 125/11, de 1 de Junho e 112/15, de 29 de Maio) para que os processos de condução de actividades de investigação científica e de extensão dos seus resultados decorram com maior eficiência e eficácia.

Os resultados destes encontros serão reportados aos Titulares dos Departamentos Ministeriais responsáveis pela Política da Ciência, Tecnologia e Inovação (MINCT) e pelo Subsistema do Ensino Superior (MES).

 

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Angola no Relatório da UNESCO Sobre Ciência

A Organização da Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) lançou em 2015 o seu relatório sobre ciência, cujo objectivo principal é fornecer valiosas reflexões sobre as preocupações e prioridades dos estados membros e partilhar informação crítica, destacando o poder da ciência para a sustentabilidade. Por outro lado, apresenta um enquadramento compreensivo das várias facetas da ciência num mundo cada vez mais complexo – incluindo tendências na inovação e mobilidade, big data e a contribuição do conhecimento tradicional e local para abordar os desafios globais.

Apesar da crise financeira, o investimento global em investigação científica e desenvolvimento tem crescido mais rápido do que a economia global, mostrando confiança que o investimento em ciência trará benefícios no futuro. Adicionalmente, há cada vez mais cientistas no mundo e a sua mobilidade tem aumentado. O número de investigadores científicos e de publicações científicas a nível global aumentou em mais de 20% entre 2007 e 2014. 

Informação sobre ciência em Angola aparece pela primeira vez em 2010, no Relatório "African Innovation Outlook/2010" da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD). Posteriormente, o Relatório "African Innovation Outlook/2014" já contém os dados provenientes do Primeiro Inquérito Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O referido relatório sobre ciência da UNESCO de 2015 (clique aqui para fazer o download), apresenta resumidamente os seguintes dados relativos a Angola:

  • Gastos públicos em Educação: 3.5 % do PIB, 2010

  • Não estão disponíveis dados sobre os gastos em Investigação e Desenvolvimento (I&D)
  • Patentes: 7, 2008-2013

  • Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação: Sim, 2011

  • Investigadores por um milhão de habitantes: 73 (2011), dos quais 27.1% são mulheres

  • Angola tem tido um forte crescimento, embora ainda com valores relativos muito baixos, em termos de publicações: de 17 em 2005 para 45 em 2014

  • As publicações em Angola têm incidido principalmente nas seguintes áreas: Ciências médicas (61 publicações, 35.7%), Ciências biológicas (48 publicações, 28.1%) e Geociências (38 publicações, 22.2 %), de 2008 a 2014

  • Publicações por milhão de habitantes: 2, 2014

  • Principais parceiros de investigação internacionais: Portugal (73 publicações), USA (34 publicações), Brasil (32 publicações), UK (31 publicações) e Espanha/França (26 publicações), de 2008 a 2014
  • Estado do sistema nacional de inovação: Viável (A UNESCO prevê 3 níveis: Frágil, Viável e Evoluindo)

  • Número de universidades: Mais de 60

  • Número de estudantes no ensino superior: Mais de 200000
  • Existe o Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ)  

Finalmente, o relatório aponta a gestão como o principal obstáculo para aumentar a produção científica. 

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