Plano de Formação Doutoral vai mitigar fuga de quadros
- Publicado em Ensino Superior
- Escrito por Alexandre Cose
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O Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, disse estar convencido de que a formação de 140 doutores encabeçada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, à luz do Plano de Formação Doutoral até 2020, poderá mitigar a fuga de quadros para o exterior do país.
Falando aos jornalistas à margem da II reunião técnica dos pontos focais das áreas de incidência da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Sexta-feira, 17 de Julho, João Teta caracterizou a iniciativa de ambiciosa, enquadrado no Plano Nacional de Formação de Quadros.
Segundo garantiu, a ciência é o alicerce de qualquer sociedade, daí que dentro da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI) estejam estabelecidas as áreas de incidência, sobre as quais as prioridades se incidem a médio prazo, por apresentarem carência de quadros e assegurarem sustentabilidade social.
Os representantes ministeriais destas áreas de incidência vão apresentar as suas necessidades de quadros que serão enquadrados nos 140 doutores, a serem formados no período compreendido 2015 a 2020, bem como as necessidades de equipamentos laboratoriais dos centros de pesquisa.
“Apesar de, ao nível das instituições de investigação científicas, existirem somente 50 doutorados a desenvolverem pesquisas em pelo menos 26 centros existentes no país, o balanço das actividades é positivo”, disse.
De acordo com o Secretário de Estado, a consciência popular sobre a ciência está a elevar-se e sabe-se que o país não vai desenvolver-se sem ciência e que sem estes conhecimentos não se atinge a sustentabilidade.
Actualmente, acrescentou, o país conta com um Plano Anual de Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual se congregam os projectos de investigação de todos os sectores, sendo, pois, por este Plano que se pode avaliar quanto é que se investe na ciência, em Angola.
"Por conseguinte, o investimento nestas áreas de incidência, que são a agricultura e o domínio das pescas, telecomunicações e tecnologias de informação, indústria, petróleo, gás e recursos minerais, saúde, recursos humanos, energia e ambiente, vai permitir que os quadros formados regressem ao país e encontrem as condições de trabalho equiparadas às dos laboratórios onde se formaram", frisou.
Por outro lado, acrescentou, os técnicos que estiverem a fazer o seu doutoramento no país vão fazer a parte teórica nas universidades e a componente prática, nos laboratórios das instituições de pesquisa ministeriais, com um acordo de continuar depois da formação, de modo poderem ser identificados e cooptados os pesquisadores para estas instituições.