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Diversidade da Fauna de Hymenoptera (Abelhas e Vespas) em Angola

 

Em Angola há uma lacuna de conhecimento na região sul de África no que diz respeito à diversidade de Hymenoptera (não Formicidae: abelhas e vespas). Pretende-se compilar em formato digital a informação existente e recolher informação científica contemporânea que sirva de auxílio à criação de políticas de conservação.

Cerca de um terço da alimentação humana depende, directa ou indirectamente da polinização por animais, sobretudo abelhas. Flores bem polinizadas produzem frutos de melhor qualidade, peso e sementes em maior número. 

A nível mundial, tem sido documentado o declínio de populações de polinizadores devido à destruição ou alteração do meio ambiente, uso de pesticidas, parasitas, doenças e introdução de espécies exóticas. É necessário prever o impacto que alterações climáticas e degradação ambiental terão sobre as populações de polinizadores de forma a criar políticas de conservação eficientes.

Foram compilados e georreferenciados um total de 1350 registos, dos quais 856 se referem a abelhas sendo que apenas dois foram colhidos após 1975. Angola sofreu um período de guerra civil que contribuiu para o êxodo de especialistas e diminuição de centros de investigação, motivo pelo qual, poucos são os registos colhidos após 1975. Os resultados da revisão bibliográfica realizada sugerem que existe necessidade urgente de realizar um inventário da fauna de Hymenoptera de Angola, particularmente de abelhas, conhecidas como polinizadores essenciais de cultivos e plantas selvagens, bem como de vespas que desempenham um papel importante nos agro-ecossistemas por actuarem como agentes de controlo biológico.

Neste momento, está a decorrer na Tundavala-Huíla, um estudo relativo à “Fauna de abelhas selvagens e seus parasitóides naturais”. Têm sido realizadas colheitas em diferentes províncias do país e a informação de colecções históricas está a ser compilada e georreferenciada. Toda a informação recolhida será integrada no projeto “Atlas de Hymenoptera”, um sub-projecto do Museu Virtual de Biodiversidade de Angola.

Os resultados deste projecto serão essenciais para a criação de políticas de conservação e gestão de território eficientes e, ao mesmo tempo, serão vitais para a comunidade científica, nacional e internacional, educação ambiental e turismo. Agradecemos à organização SASSCAL, Southern African Science Service Centre for Climate Change and Adaptive Land Use pelo financiamento deste projecto.

 

Bibliografia

1.STEFFAN-DEWENTER, I.; POTTS, S. G.; PACKER, L. Pollinator diversity and crop pollination services are at risk. Trends in Ecology & Evolution, v. 20, n. 12, p. 651–652, 2005.

2.KLEIN, A.-M. et al. Importance of pollinators in changing landscapes for world crops. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 274, n. 1608, p. 303-313, 2007.

3.http://museuvirtual.co.ao  

Trabalho apresentado, em forma de poster, na 4a Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, Luanda-Angola, 9 - 11 de Setembro de 2015. 

Sara Fernandes
Licenciada em Ciências Biomédicas
Investigadora na área de Conservação Animal
SASSCAL – ISCED Huíla
Lubango
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O gosto pela Matemática começa em casa

A Matemática tem a fama de ser o “bicho de 7 cabeças”. As pessoas detestam a Matemática, pela grande complexidade que ela parece ter. Em boa verdade, o gosto pela Matemática nasce de um bom estímulo. É como quem diz, tudo depende do primeiro amor. O primeiro amor pela matemática, neste caso, nasce dos pais, em casa, nas coisas da vida, do dia-a-dia.

Um dos conselhos aos papás e mamãs, que aqui fica, com base nos argumentos do Professor Jorge Ricardo em “O Método de ser bom aluno, Bora lá”, (Clube do Livro SIC), passa pela prática, desde cedo, da disciplina da Matemática nas questões do dia-a-dia.

Um livro recente, “Matemática em Família”, de  José Robalo e Carlos Grosso (Porto Editora, 2012), ajuda, de forma didática a conseguir tal desiderato. Deixamos aqui algumas dicas:

- Estimule a contagem de objectos, ensinando conceitos como “o dobro de”, “o triplo de”;

- Chame atenção para a forma geométrica de determinados objectos: bola, armário, por exemplo;

- Peça que conte dinheiro para a compra de determinado artigo e pergunte, antes, qual o troco que irão receber;

- Pratique a tabuada;

- Explique e faça perguntas sobre tabelas ou gráficos que surjam no dia a dia;

- Explique na prática o conceito de fracção a partir de algo que terá de ser repartido por alguns membros da família (laranja, maçã, por exemplo).

“Daqui a 100 anos não importará o tipo de carro que conduzi, o tipo de casa em que vivi, quanto dinheiro tinha guardado no banco, nem que roupas eu vesti. Mas o mundo poderá ser um pouco melhor por eu ter sido importante na vida de uma criança.” (Anónimo)

 

Alexandre Cose

 

 

 

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