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Candidaturas para o Curso Online Gratuito de Iniciação à Botânica

A Associação Tela Botânica realizará, a 5 de Setembro de 2016, o MOOC (Massive Open Online Course) BOTANIQUE “Aprenda a Conhecer as Plantas - Iniciação”, um curso online gratuito de Iniciação à Botânica. 

O MOOC BOTANIQUE é desenvolvido no âmbito do projecto Floris'Tic que visa promover a cultura científica, técnica e industrial da botânica. O projecto é um consórcio de conhecimentos complementares em botânica, informática e animação de projectos. 

 

Duração

  • 7 semanas

 

Objectivos 

  • Aprender o vocabulário básico para descrever e caracterizar uma planta; 
  • Compreender as interacções das plantas com o meio ambiente;
  • Conhecer e identificar as famílias e as espécies comuns de plantas.

 

Público-alvo

O curso destina-se a profissionais do sector do ambiente, professores do ensino primário e secundário, estudantes interessados em adquirir conhecimentos em botânica e amantes da natureza, jardinagem, agricultura e espaços verdes.

 

Para mais informações

http://www2.cnrs.fr/sites/communique/fichier/cp_mooc_botanique.pdf 

http://mooc.tela-botanica.org/enrol/index.php?id=2

 

Chamada para Candidaturas ao Programa de Intercâmbio Estudantil - ANESI

No âmbito do acordo de cooperação 2014-2017 entre a UNESCO e a Agência Sueca de Desenvolvimento Internacional, com vista a promoção da investigação de alta qualidade e formação, através da colaboração e parceria entre Instituições de Ciências da Terra, a Rede Africana das Instituições de Ciências da Terra (ANESI – African Network of Earth Science Institutions) promove o Programa de Intercâmbio Estudantil com o objetivo de aumentar a mobilidade de estudantes em África.

 

Público-alvo:

  • Jovens estudantes pós-graduados em Ciências da Terra (Mestrado ou Doutoramento) dispostos a participar num curso específico ou usar um centro de pesquisa em outra instituição africana;
  • Instituições africanas de Ciências da Terra dispostas a hospedar estudantes de outros países africanos com interesse em frequentar um curso específico.

 

Duração:

A duração do Programa de Intercâmbio de Estudantes é de no mínimo 2 semanas e máximo de 1 mês.

 

Custos/Subvenções:

• Para as candidaturas individuais serão subsidiadas o máximo de 1.500 USD por estudante. No caso de candidaturas colectivas, por instituição, serão subsidiadas com um valor máximo de 6000 USD por instituição (quatro estudantes). O subsídio irá cobrir os custos de viagem e estadia.

• Nos casos de viagens para estudos de análise laboratorial, a ANESI pode cobrir alguns custos adicionais (não superiores a 1.000 USD) após analisar a proposta.

 

Requisitos:

  • Pertencer a um país Africano;
  • Possuir o grau de mestre (MSc) ou ser estudante de Doutoramento em uma instituição africana de Ciências da Terra;
  • Obter a aprovação de candidatura na instituição de origem;
  • Possuir a aprovação da instituição acolhedora.

 

Documentos necessários para candidatura:

  • Uma proposta detalhada descrevendo a actividade que irá realizar e explicando como o programa irá contribuir no avanço da sua pesquisa (5 páginas no máximo); 
  • CV do candidato;
  • Uma carta formal de aprovação da instituição de origem;
  • Uma carta formal de aprovação por parte da instituição de acolhimento.

 

Prazo de candidaturas:

Os candidatos devem fazer chegar as suas candidaturas ao Secretariado da ANESI até 30 de Setembro de 2016.

 

Mais informação:

anesicallseanesi.org

http://www.anesi.org/downloads/2016/Call_for_application_for_ANESI_SEP.pdf

www.anesi.org

 

Malária: Consumo de Açúcares Vegetais pelos Mosquitos Influencia a sua Transmissão

 

Estudo realizado por investigadores do IRD (Institut de Recherche pour le Developpement, França), do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique, França) e do IRSS (Institut de Recherche en Sciences de la Santé, Burkina Faso) revela que fontes naturais de açúcar contidos nas plantas e frutos consumidos pelos mosquitos influenciam na transmissão da malária.  Estes resultados, que abrem novas perspectivas na luta contra esta doença, foram publicados a 4 de Agosto na revista PLOS Pathogens.

A malária, doença parasitária mais disseminada pelo mundo, é responsável por mais de 430.000 mortes por ano, sendo 90% delas no continente africano. Causada por um parasita, o Plasmodium falciparum, a doença é transmitida aos seres humanos através dos mosquitos fêmeas (chamados vectores) do género Anopheles que se alimentam de sangue (humano e animal) e de açúcares vegetais de fontes naturais, como o néctar de plantas.

Os recentes estudos mostram que o consumo de açúcar pelos mosquitos tem impacto no seu tempo de vida. No entanto, a forma como a diversidade de plantas influencia a capacidade de os mosquitos transmitirem a malária (agindo sobre as relações portador/ patogénico [agente que causa a doença]), manteve-se até então desconhecida.

 

A alimentação dos mosquitos vista à lupa

Neste estudo, os investigadores analisaram a alimentação do mosquito Anopheles coluzzii, um dos principais transmissores do Plasmodium falciparum na África subsariana. Estudaram o impacto das fontes naturais de açúcar, contidos em diferentes plantas, sobre a relação entre o mosquito e o parasita responsável pela transmissão da malária.

Em laboratório, os investigadores alimentaram os mosquitos com açúcares naturais de néctares de plantas ornamentais (Barleria lupilina e Thevetia neriifolia) e de frutas (manga e uva selvagem) colhidas em jardins e em parques da cidade de Bobo Dioulasso (Burkina Faso). No entanto, um grupo de mosquitos recebeu uma solução aquosa com 5% de glicose. Passadas 24 horas os mosquitos foram alimentados com sangue infectado pelo Plasmodium falciparum. Os investigadores continuaram a fornecer fontes de açúcar (flor, frutas ou solução de glicose) aos mosquitos durante 14 dias (tempo de desenvolvimento do parasita no mosquito).

 

Acção dos açúcares naturais sobre as relações entre mosquito e o parasita

As observações microscópicas combinadas com modelos epidemiológicos revelaram que o fornecimento de açúcares naturais influenciou significativamente no desenvolvimento do parasita, na fertilidade e longevidade do mosquito. Assim, os mosquitos alimentados com néctar T. neriifolia reduziram a sua capacidade de transmitir a malária em 30 %, enquanto que os alimentados com néctar L. microcarpa e com néctar B. lupilina aumentaram a capacidade de transmissão em 30 % e 40 %, respectivamente. 

 

Novas estratégias na luta contra a malária

O estudo mostra, pela primeira vez, que as fontes naturais de açúcares podem modular as relações portadores-patogênicos. Os mecanismos de acção ainda são desconhecidos, mas os investigadores sugerem que os compostos metabólitos secundários tóxicos para o parasita poderiam estar envolvidos. 

As investigações prosseguem sobre uma ampla gama de plantas, a fim de identificar espécies de plantas que podem impedir a transmissão do parasita. Os investigadores também perspectivam estudos adicionais relativos às preferências comportamentais dos mosquitos (saudáveis e infectados) para plantas com diferentes propriedades antiparasitárias. Estes resultados sugerem novas estratégias na luta contra a malária, como a plantação de espécies vegetais que afectem negativamente a capacidade transmissora dos mosquitos.

 

Artigo original publicado pelo CNRS (em françês):

http://www2.cnrs.fr/sites/communique/fichier/cp_nectar_fleurs_paludisme.pdf

 

Contactos

  • Investigadores 

Thierry Lefèvre 

Chercheur CNRS em accueil à l'IRD (BurkinaFaso)

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Tel: +226 72 82 83 55

 

Domonbabele Hien,

Doctorant à l'IRD et à l'IRSS (Burkina Faso)

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Tel: +226 71 90 38 70 

 

  • Service presse IRD

Cristelle Duos

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

T : 04 91 99 94 87

 

Para mais detalhes

D. Hien, K. R. Dabiré, B. Roche, A. Diabaté, S. R. Yerbanga, A. Cohuet, B. K. Yameogo, L-C. Gouagna, R. J. Hopkins, G. A. Ouadraogo, F. Simard, J-B Ouadraogo, R. Ignell, T. Lefèvre. Plant-mediated effects on mosquito capacity to transmit human malaria, PLOS Pathogens, 2016.

http://journals.plos.org/plospathogens/

DOI :10.1371/journal.ppat.1005773.s011

 

Parceiros implicados no estudo

  • Maladies infectieuses et vecteurs: écologie, génétique, évolution et contrôle (MIVEGEC, IRD/CNRS/Université de Montpellier)
  • Institut de recherche em sciences de la santé (IRSS, Bobo-Dioulasso, Burkina Faso)
  • Unité de modélisation mathématique et informatique de systèmes complexes (UMMISCO, IRD / Université Cadi Ayyad de Marrakech/ Université Cheikh Anta Diop de Dakar/ Université Gaston Berger de Saint-Louis (Sénégal)/ Université Pierre et Marie Curie - Paris 6/ Université de Yaoundé I/ Hanoi University of Science and Technology)
  • Université Polytechnique de Bobo Dioulasso (Burkina Faso)
  • Université de Greenwich (Angleterre)
  • Université desSciencesAgricoles d’Alnarp (Suède)

 

Os Crimes Cibernéticos na Era Digital: Uma Ameaça Global

Fruto dos avanços tecnológicos sem precedentes e de um mundo cada vez mais digital, com o andar do tempo, a força de trabalho humana tem sido substituída por máquinas inteligentes capazes de executar tarefas anteriormente reservadas a humanos. O mundo digital quebrou a noção de tempo-espaço, pois permite a interacção a qualquer momento e lugar. Mas há um risco! 

A Internet, sistemas de redes de computadores interligados, tanto pode ser um caminho aberto para o alcance de inúmeros objectivos, desde o trabalho ao lazer, como pode ser uma porta aberta para vitimizar os seus usuários. Neste último caso, falamos especificamente dos crimes cibernéticos.

Os crimes cibernéticos são reais e eminentes, o seu resultado pode ser nefasto e, muitas vezes, de abrangência mundial. As questões que aqui se colocam são: até que ponto se fala sobre os crimes cibernéticos em Angola? Qual é a real situação destes crimes em Angola?

Foi no intuito de reflectir sobre estes tipos de crimes que no passado dia 3 de Agosto de 2016 se realizou no Centro Tecnológico Nacional tutelado, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, mais uma edição do Café com Ciência e Tecnologia sob o tema “Os crimes cibernéticos e as sociedades actuais” com o prelector Dr. Tunga Pinto (de pé na foto), doutorando em Tecnologias de Informação, especialização em Ataques Cibernéticos de Negação de Serviços (DDoS Attack) pela Universidade de Cape Town da República da África do Sul. 

Numa palestra com participantes de áreas afins, o Dr. Pinto usou o seu conhecimento para chamar a atenção das formas de ataques cibernéticos, explicando que os mesmos podem ocorrer de forma silenciosa (sem alarmes e sem vestígios), precisa (personalizados, usando códigos específicos e tirando vantagem sobre fraquezas tecnológicas e humanas) e patrocinada (por governos, empresas concorrentes, empresas de hacking o ainda grupos terroristas). “As principais motivações destas práticas estão relacionadas, na sua maioria, com questões governamentais e com a prática deliberada de hackismo” frisou.

Esclareceu, assim, aos participantes, que os crimes cibernéticos obedecem normalmente a quatro (4) mecanismos de acção:

  • Interrupção - onde o fluxo normal da mensagem é interrompido, impossibilitando que a informação chegue ao destino (negação de serviço);
  • Interceptação - onde uma parte não autorizada obtém acesso à informação (violação de revelação não autorizada de informação);
  • Modificação - onde uma parte não autorizada modifica a informação recebida da origem e transmite-a para o verdadeiro destino (violação de modificação não autorizada de informação);
  • Personificação - caso em que a entidade não autorizada transmite uma mensagem maliciosa pela rede, passando-se por uma parte autêntica.

Segundo o Relatório sobre Ameaças de Segurança na Internet da empresa americana Symantec, 556 milhões de pessoas são vítimas de crimes cibernéticos anualmente, 1.5 milhões de pessoas por dia e 18 pessoas por segundo.

 

Escrito por:

Antónia Djamila e Osvaldo Estrela

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