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Comissão da União Africana Lança 2ª Chamada para Submissão de Propostas de Projectos de Investigação

A Comissão da União Africana lança a segunda chamada para submissão de Propostas de Projectos de Investigação, ao abrigo da Fase II do Programa de Financiamento da União Africana, com o prazo até ao dia 31 de Maio de 2018.

Esta chamada tem como objectivos:

  • Apoiar actividades colaborativas de Investigação e Inovação (I&I) que atendam as questões enfrentadas pelos países africanos, contribuir para o desenvolvimento sustentável dos países africanos e a luta contra a pobreza, respeitando as questões éticas e de género;
  • Desenvolver a capacidade da Comissão da União Africana (CUA) para conceber, implementar e monitorizar programas de financiamento de I&I e estabelecer as bases para um programa-quadro credível e respeitável para a I&I que possa atrair fundos adicionais de outras fontes (Membros da União Africana,  estados, outros parceiros e doadores).

A apresentação de propostas responde à implementação da Estratégia para Ciência, Tecnologia e Inovação em África, 2024, que aborda as aspirações identificadas no âmbito da Agenda 2063 e da Prioridade 3 sobre o desenvolvimento humano da parceria União Europeia-África.

As propostas de projectos de investigação devem cingir-se nas seguintes áreas: Segurança Alimentar e Nutricional e Agricultura Sustentável (FNSSA) com especial atenção na Agricultura e Sistemas Alimentares para a Nutrição.

O Financiamento para Investigação da União Africana (AURG) é um dos programas iniciados no Departamento de Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia (HRST) para apoiar uma investigação e desenvolvimento Pan-Africano através de doações e financiamento directo. O programa oferece a oportunidade necessária para usar a Ciência e Tecnologia (C&T) como uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável, construindo e fortalecendo as capacidades de C&T da África.

Para mais informação: https://au.int/en/announcements/20180222/african-union-research-grants-ii-open-call-proposals-2018-edition


Angola Participa da 21ª Sessão Anual da Comissão das Nações Unidas de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, em Genebra, Suíça

Decorre de 14 a 18 de Maio do ano em curso, a 21ª Sessão Anual da Comissão das Nações Unidas de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, em Genebra, Suíça. Participa desta 21ª Sessão Anual a Ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, Professora Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo, que representa Angola na Mesa Redonda de Alto Nível sob o tema “Impacto da rápida mudança tecnológica na consecução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.

A Mesa Redonda resulta de uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, A/RES/72/242, em que se solicitou à Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CSTD) que tivesse em conta o impacto das rápidas mudanças tecnológicas na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em resposta a este apelo, a Comissão deu início aos trabalhos na tarde de segunda-feira, 14 de Maio.

A rápida mudança tecnológica nos últimos anos tem tido um impacto amplo e às vezes perturbador na economia, na sociedade e no meio ambiente. A mesa redonda de alto nível examinará as oportunidades e os desafios trazidos por tecnologias novas e emergentes em vários campos, como: inteligência artificial, big data, Internet das Coisas, biologia sintética, tecnologias de satélites e drones. A aplicação de algumas dessas tecnologias representa uma oportunidade para abordar os ODS, em particular os objetivos relacionados à saúde, agricultura, educação e inclusão financeira. Enquanto isso, são colocados novos desafios para os formuladores de políticas e para a sociedade, já que podem atrapalhar os mercados de trabalho, exacerbar as desigualdades e levantar questões éticas.


A Mesa Redonda de Alto Nível incluirá líderes globais na fronteira de seus campos para dialogar com os formuladores de políticas, organizações internacionais e outras partes interessadas sobre como beneficiar de tecnologias novas e emergentes e mitigar riscos. Os formuladores de políticas de alto nível terão a oportunidade de identificar políticas e estratégias efectivas na área de ciência, tecnologia e inovação (CTI) para preparar as sociedades para rápidas mudanças tecnológicas, compartilhar experiências no nível nacional e identificar áreas para cooperação internacional.

Mais informação: http://unctad.org/en/pages/MeetingDetails.aspx?meetingid=1670

Angola Participa na 24ª Sessão do Conselho de Governadores do Centro Internacional para Engenharia Genética e Biotecnologia - ICGEB

Os resultados da aprovação, para uso em seres humanos, da vacina contra a Dengue foram apresentados na 24ª sessão do Conselho de Governadores do Centro Internacional de Engenharia Genética e Biotecnologia (International Centre for Genetic Engeenirng and Biotechonology - ICGEB) realizado na cidade italiana de Trieste nos dias 10 e 11 de Maio de 2018. Representou Angola nesta sessão o Prof. Doutor Emanuel Catumbela, Director Nacional de Formação Graduada, do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.

O ICGEB é uma organização internacional associada as Nações Unidas, criada em 1987, que congrega 63 países membros e 22 países observadores. O ICGEB tem laboratórios de investigação e realiza investigação de excelência em 5 macro áreas e em cada área há vários grupos de interesse, a saber: Doenças Infecciosas (virologia e doenças parasitarias), Doenças não infecciosas (Doenças cardiovasculares, imunologia, genética molecular, neurobiologia e cancro), Biotecnologia médica (drogas bio-similares, vacinas e recombinantes de diagnóstico) e Biologia das Plantas e Biotecnologia (estresse biótico e abiótico, melhoria de colheitas), oferecendo bolsas de doutoramento e pós-doutoramento nestas áreas.

A reunião serviu para fazer o balanço das actividades realizadas pelo Centro ao longo do ano de 2017, principalmente a apresentação de resultados de investigação. Um dos resultados apresentados foi a vacina contra o vírus da dengue.

O ICGEB tem vários recursos para aprendizagem de ciência na área de genética e biotecnologia.

 

Mais informação: https://www.icgeb.org/board-of-governors.html

A Importância do Financiamento dos Governos Africanos em Formação Doutoral

Embora o financiamento proveniente de doadores internacionais para programas de formação de Doutoramentos em África ajude a acelerar o progresso e a alcançar resultados, as contribuições financeiras dos governos africanos para estes programas são fundamentais e têm uma série de benefícios a longo prazo.

Aminata Sall Diallo, professora de fisiologia na Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar, no Senegal, e Ekua Bentil, especialista em educação da região do Banco Mundial em África, que trabalha na implementação de iniciativas da Parceria para Habilidades em Ciências Aplicadas, Engenharia e Tecnologia (PASET), disseram à University World News que seria importante que os governos liderassem o financiamento de iniciativas de formação para Doutoramentos, a fim de melhorar o desenvolvimento sustentável. A dupla falava após o lançamento de 15 bolsas de estudo de doutoramento no âmbito do Fundo Regional de Bolsas de Estudo e Inovação do PASET (RSIF), no mês passado. A iniciativa, liderada por governos africanos, verá esta coorte inaugural de académicos iniciar programas de doutoramento em segurança alimentar, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e materiais, minerais e engenharia de mineração. O RSIF pretende formar 10.000 doutores em 10 anos.

A formação é oferecida em uma das quatro universidades anfitriãs do RSIF, nomeadamente: Sokoine University of Agriculture, Tanzânia; Universidade Felix Houphouet-Boigny, Costa do Marfim; Universidade Africana de Ciência e Tecnologia, Nigéria; e a Universidade Gaston Berger, Senegal.

Ao elogiarem o RSIF, os especialistas reforçaram que a formação a nível de doutoramento, as bolsas de investigação e as bolsas de inovação, ajudarão a superar muitos dos desafios que os países africanos enfrentam.

De acordo com Diallo, o RSIF pretende arrecadar cerca de 100 milhões de USD dos governos africanos, do sector privado, das fundações e de parceiros de desenvolvimento para o programa. Até ao momento, a República do Ruanda contribuiu com 1 milhão de USD e o Quénia com 2 milhões de USD para o RSIF, e outros três países (Senegal, Etiópia e Costa do Marfim) firmaram compromissos firmes. Outro grupo de países, incluindo Nigéria, Tanzânia e Guiné, manifestou forte interesse.

“Embora a região tenha muitas prioridades imediatas concorrentes, se a maioria dos governos africanos se unir em iniciativas como o PASET e comprometer fundos para isso, sim, eles podem financiar os doutoramentos e o ensino superior”, diz Diallo.

A Professora Aminata Sall Diallo também é membro da Academia de Ciência e Tecnologia do Senegal e Assessora especial do Ministro do Ensino Superior e Investigação do Senegal, Mary Teuw Niane, diz que nenhum governo africano é capaz de financiar programas nacionais de ensino superior (especialmente iniciativas de pós-graduação) em todos os países. Mas sim nas áreas necessárias para atender às necessidades de desenvolvimento e se tornar globalmente competitiva. Daí o valor de parcerias como o PASET, bem como a necessidade dos governos criarem incentivos para que o sector privado participe como parceiro central.

Embora Bentil e Diallo concordassem que havia espaço para o financiamento de doadores no esquema de financiamento do RSIF, os mesmos afirmam ser importante que os governos africanos assumam a liderança no financiamento da iniciativa. “Há também um senso de propriedade mais forte que aumenta as chances de o programa ser sustentável. Os governos africanos também têm uma mão mais forte na determinação de quais programas receberão alocações com base nas prioridades do país" disse Bentil.

Com a população mais jovem do mundo, os especialistas dizem que o continente africano está a entrar numa nova fase de desenvolvimento económico do qual a juventude não poderá ficar de fora. Diallo afirma que o doutoramento é urgentemente necessário em toda África para melhorar as qualificações do pessoal universitário existente, muitos dos quais possuem apenas mestrados e são incapazes de ensinar a nível de pós-graduação e podem não ser capazes de oferecer ensino avançado em nível de graduação.

A preparação de um doutoramento também é necessário para expandir o número de investigadores qualificados na região, não apenas para trabalhar no sector de ensino superior e investigação, mas também no sector industrial. Sem um suprimento maior de talentos nacionais e altamente qualificados em áreas como agricultura, energia, indústrias extractivas, construção, fabricação e TIC, será difícil desenvolver soluções inovadoras para enfrentar os desafios do desenvolvimento do continente.



Gilbert Nakweya
University World News, 11 de Maio de 2018.

Fonte original: http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20180509132730221   

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