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Monitorização das Pragas da Mandioca Mediante as Feromonas Sexuais

Tendo em vista o Ante-Projecto sobre a “Monitorização das pragas da mandioca mediante as feromonas sexuais”, a ser desenvolvido pelos técnicos do  Centro Nacional de Investigação Científica e do Centro Tecnológico Nacional, realizou-se, no dia 25 de Julho de 2016, no Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), uma reunião com o Director Geral Adjunto desta instituição. Nesta reunião foram apresentadas as ideias gerais do Ante-Projecto, tendo-se solicitado a participação do IDA, pela sua natureza, no referido Ante-Projecto. 

O Ante-Projecto surge na sequência das visitas realizadas às zonas agrícolas da Funda Prédio, de Ganguela, de Mukulo e de Sequele, na circunscrição do município de Cacuaco, onde se constatou que a maior parte dos camponeses dessas zonas, utiliza de forma excessiva produtos agrotóxicos, como  insecticidas, para o controlo de pragas nas culturas agrícolas.  

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma das culturas mais importantes de Angola, pois, constitui o alimento básico de cerca de 40 a 50% da população, a seguir ao milho(2). Entretanto, a sua produtividade é ainda relativamente baixa. Os problemas da baixa produtividade da mandioca podem estar relacionados com as pragas que atacam o cultivo em diferentes fases do seu desenvolvimento. 

Neste contexto, os esforços para aumentar os rendimentos da mandioca devem basear-se no entendimento dos problemas que afectam o cultivo, a fim de eliminá-los ou contê-los. O uso das feromonas sexuais para a monitorização das pragas prejudiciais ao cultivo, poderia significar uma medida de grande interesse para substituir ou complementar outros métodos de controlo já existentes. 

As feromonas são produtos orgânicos expedidos por insectos, em quantidades mínimas, que funcionam como mensageiros químicos, voláteis ou solúveis na água(4). Actualmente, as feromonas têm vindo a substituir os insecticidas convencionais para o controlo dos insectos, pois estas moléculas induzem reacções comportamentais com a vantagem de não serem tóxicas, são eficazes em pequenas quantidades (10-18 g) para a mensagem, são dirigidas para indivíduos da mesma espécie e não deixam resíduos contaminantes(1,3,4). Estas vantagens têm despertado um enorme interesse no estudo aprofundado das feromonas, permitindo o incremento no que respeita à sua síntese e comercialização, com vista a sua aplicação no combate das pragas nocivas a agricultura (1).

 

Bibliografia 

1.Anónimo. 2008. Universidade da Madeira. Projecto bichado da castanha. Disponível em: http://www.uma.pt/bichado/resultados.htm.

2. António, M.P. 2013. Culturas intercalares e agricultura familiar em Angola. Caso: Mandioca/Cajanus; Mandioca/Leucaena. Tese de Doutoramento. Universidade Técnica de Lisboa, 173 páginas. 

3. José, A.S.C. e Augusto, C.T. 2000. Comunicação química, feromonas e controle de insectos. Departamento de Química, Universidade de Aveiro.

4. Tegoni, M., Companacci, V. e Cambillau, C. 2004. Structural aspects of attraction and chemical communication in insects. Trends in Biochemical Sci 257-264.   

 

 

Para informação adicional contacte:

1- Dr. João Carlos Ferreira (Coordenador do projecto) - E-mails: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., T: 924 224 839
2- Dr. Domingos Bongue
3- Msc. Eusébio Panzo
4- Msc. Joaquim Cordeiro
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Encontro de Auscultação às IDI Reúne MINCT e ISCED de Luanda

 

No intuito de auscultar às Instituições Públicas de Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (IDI) e esclarecer dúvidas sobre as actividades de Investigação Científica, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), na figura dos seus Directores, reuniu-se, no dia 19 de Julho, com a Direcção e Professores do Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) de Luanda.  

A auscultação às IDI é resultado das recomendações da 1ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada no dia 4 de Julho, presidida pela Ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira.

Neste encontro com o ISCED, que congregou mais de 40 professores desta Instituição, foram discutidas, essencialmente, questões ligadas à investigação científica, à extensão dos resultados da investigação, aos mecanismos de financiamento de projectos de investigação científica, bem como aos critérios de elegibilidade de eventos científicos. 

Durante o encontro, o MINCT, tendo como base os Documentos Reitores de Ciência Tecnologia e Inovação (CTI), abordou questões sobre os Indicadores de CTI versus o alinhamento das actividades de Investigação Científica,  Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e sobre a caracterização do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).

Foram igualmente abordadas a transferência de tecnologias, as actividades de extensão das IDI, a propriedade intelectual e a necessidade de adequação dos estatutos orgânicos das IDI ao Decreto Presidencial nº 125/15, de 1 de Junho, relativo ao Regulamento Geral das Instituições Públicas de Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.  E finalmente a abordagem sobre quem faz parte dos Recursos Humanos de uma IDI.

O encontro foi interactivo e elucidativo, destacando-se, no final, a necessidade de mais encontros do género, com vista a aprofundar as questões relacionadas com a Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.

 

Para mais informações sobre o ISCED de Luanda, consulte o portal: http://isced.ed.ao

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