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setembro 2018

Delegação Angolana Participou na Reunião de Ministros no Âmbito do SASSCAL

NOTA DE IMPRENSA

DELEGAÇÃO ANGOLANA PARTICIPOU DE 20 A 21 DE SETEMBRO DE 2018 EM WINDHOEK – REPÚBLICA DA NAMÍBIA NA REUNIÃO DE MINISTROS NO ÂMBITO DO SASSCAL 

Sua Excelência Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo, chefiou a Delegação Angolana que participou de 20 a 21 de Setembro de 2018, na reunião de Ministros no âmbito do SASSCAL (Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos), que foi presidida por Sua Excelência Vice-Presidente da República da Namíbia Nangolo Mbumba, onde foram apresentados os resultados alcançados pelo SASSCAL num período de  sete anos (primeira fase), bem como as  estratégias para a segunda fase do SASSCAL 2018–2022. O SASSCAL envolve Angola, África do Sul, Alemanha, Botswana, Namíbia e Zâmbia, é coordenado em Angola pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) e possui o seu Nó nacional no Huambo.

Na reunião, onde participaram os Ministros que coordenam a iniciativa SASSCAL nos respectivos países  (Angola e Zâmbia) e em alguns casos seus representantes (África do Sul, Alemanha, Botswana e Namíbia), os delegados foram unânimes em reconhecer os sucessos alcançados pelo SASSCAL nesta primeira fase que terminou em Abril de 2018, resultantes da concretização de projectos financiados pelo Governo da República Federal da Alemanha, através do Ministério Federal da Educação e Investigação Científica (BMBF) de oitenta e oito (88) projectos de investigação científica e da implementação de cento e cinquenta e quatro (154) estações meteorológicas automáticas em Angola, Botswana, Namíbia e Zâmbia.

Na reunião foi anunciado o lançamento do edital para o financiamento da investigação científica, referente à segunda fase do SASSCAL, no fim do mês de Setembro de 2018. 

Angola beneficiou, na primeira fase do SASSCAL, com o financiamento de treze  (13) projectos de investigação científica  enquadrados nas áreas temáticas relacionadas com o clima, água, agricultura, florestas e biodiversidade, a atribuição de dezanove (19) bolsas de estudo (doutoramento, mestrado e licenciatura) nas áreas das engenharias e geociências, de dezoito (18) estações meteorológicas automáticas, que estão sob a responsabilidade do INAMET, da recuperação de vinte e uma (21) estações meteorológicas automáticas, estas últimas localizadas maioritariamente na região sul de Angola (Namibe, Huíla e Cunene) e do estabelecimento de seis (6) observatórios de biodiversidade nos Parques da Cameia, Bicuar, Iona e em Casseque, Candelele e Tundavala.

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, 25 de  Setembro de 2018.

 

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Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia - Solicitação de Manifestação de Interesse

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Projecto ID Nº: P-AO-IA0-006 / Crédito Nº: 2000130014332 

 

SOLICITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE

1.O Governo de Angola (GdA) assinou um Acordo de Financiamento com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para custear o Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (PDCT), cujo objectivo é contribuir para a diversificação da economia através da inovação científica e tecnológica. A Unidade de Gestão do Projecto (UGP) pretende aplicar parte do valor acordado neste financiamento na contratação dos seguintes especialistas individuais para prestação de assistência técnica qualificada, sob a supervisão do Coordenador do Projecto:

•Um (1) especialista em Aquisições;

•Um (1) especialista em Monitoria e Avaliação;

•Um (1) especialista na Concepção, Instalação e Funcionamento de Laboratórios do Ensino Secundário;

•Um (1) especialista em Gestão Financeira.

 

Especialista em Aquisições

Os serviços a serem prestados dizem respeito aos processos de aquisições do PDCT e são essencialmente os seguintes: (i) Actualizar o plano de aquisições, (ii) Assegurar a aquisição oportuna dos bens e serviços identificados no plano de aquisição aprovado e em conformidade com os requisitos do BAD, (iii) Elaborar os documentos de licitação padronizados e supervisionar os processos de licitação/concurso para aquisição bens e serviços, em conformidade com as regras e procedimentos do banco em matéria de adjudicação de contratos para além do processo de revisão interna do GdA, se aplicável, (iv) Preparar as medidas necessárias para monitorar a entrega dos bens e implementação dos serviços verificando a quantidade, qualidade e actualidade, (v) Organizar e manter actualizado o arquivo de contratos, e acompanhar a execução em relação ao plano de aquisições, elaborando relatórios periódicos, (vi) Transferir conhecimento e habilidades ao Assistente de Aquisições de maneira a torná-lo independente (vii) Participar nas reuniões da UGP e das missões de supervisão do BAD.

Os candidatos serão selecionados de acordo com os seguintes critérios mínimos: (i) Licenciatura em área relevante (ex. Aquisições, Engenharia, etc) e formação na área de aquisições; (ii) 5 anos de experiência em aquisições de bens e serviços em projectos financiados por instituições multilaterais (ex. BAD, Banco Mundial, etc.), (iii) Habilidades de comunicação oral e escrita em Português e em Inglês, (iv) Domínio do Microsoft Office na óptica do utilizador, especialmente o MS Excel  (v) Experiência em países africanos, particularmente em Angola.

 

Especialista em Monitoria e Avaliação (M&A)

Os serviços a serem prestados dizem respeito aos processos de monitoria e avaliação do PDCT e são essencialmente os seguintes: (i) Monitorizar e avaliar a implementação do PDCT e sugerir alterações quando necessário de forma a garantir que os objectivos sejam atingidos, (ii) Monitorizar os indicadores e avaliar os resultados do PDCT, (iii) Criar um sistema de relatórios dos resultados do PDCT, (iv) Transferir conhecimento e habilidades ao Assistente de M&A de maneira a torná-lo independente, (v) Participar nas reuniões da UGP e das missões de supervisão do BAD.

Os candidatos serão selecionados de acordo com os seguintes critérios mínimos: (i) Licenciatura em área relevante (ex. Gestão, Planeamento, Estatística,  Engenharia, etc) e formação na área de monitoria e avaliação, (ii) 5 anos de experiência em monitoria e avaliação de projectos financiados por instituições multilaterais (ex. BAD, Banco Mundial, etc.), (iii) Habilidades de comunicação oral e escrita em Português e em Inglês, (iv) Domínio do Microsoft Office na óptica do utilizador, (v) Experiência em países africanos, particularmente em Angola.

 

Especialista na Concepção, Instalação e Funcionamento de Laboratórios do Ensino Secundário

Os serviços a serem prestados dizem respeito aos processos concepção, montagem e funcionamento de laboratórios do 2º ciclo do ensino secundário e são essencialmente os seguintes: (i) Manter contactos com o Ministério da Educação para obter informação e legislação relevante sobre os laboratórios no 2º ciclo do ensino secundário, (ii) Efectuar levantamentos de equipamento nos laboratórios das escolas selecionadas, (iii) Colaborar com a UGP de forma a garantir que a infraestrutura (ex. redes eléctrica, hidráulica, etc.) dos laboratórios é adequada ao equipamento a adquirir, (iv) Fornecer a lista de equipamento para cada laboratório considerando o programa analítico em vigor em Angola, o equipamento existente e as melhores práticas internacionais, (v) Elaborar um projecto detalhado para instalação do equipamento em cada laboratório, levando em consideração a manutenção e sustentabilidade dos laboratórios.

Os candidatos serão selecionados de acordo com os seguintes critérios mínimos: (i) Licenciatura em área relevante (ex. Física, Química, Biologia, etc.), (ii) 7 anos de experiência como docente na área das ciências, sendo 3 como docente de laboratório, (iii) Ter experiência prévia na concepção, instalação e funcionamento de laboratórios do ensino secundário, (iv) Habilidades de comunicação oral e escrita em Português e em Inglês, (v) Domínio do Microsoft Office na óptica do utilizador, (vi) Experiência em países africanos, particularmente em Angola.

 

Especialista em Gestão Financeira

Os serviços a serem prestados dizem respeito aos processos de gestão financeira do PDCT e são essencialmente os seguintes: (i) Apoiar na preparação do orçamento e do plano de trabalho anual do projecto, (ii) Apoiar na manutenção de um sistema adequado de contabilidade e garantir que todos os registos contábeis sejam mantidos em conformidade com as normas contabilísticas aprovadas pelo GdA e com os regulamentos do BAD (iii) Apoiar na verificação, legitimidade e exactidão de todos os pagamentos e garantir a conformidade com os requisitos do BAD no processamento de fundos para actividades do projecto (incluindo adiantamentos e pagamentos a prestadoras de serviços), bem como o processamento de pagamentos aos beneficiários pretendidos em tempo útil, (iv) Apoiar na garantia que todos os documentos de apoio que acompanham as ordens de saque (para pagamentos directos e reembolsos) submetidos ao BAD, bem como os pagamentos para actividades do projecto (bens e serviços) sejam devidamente arquivados, (v) Apoiar na garantia que as reconciliações bancárias periódicas sejam feitas para todas as contas bancárias, (vi) apoiar na elaboração de relatórios financeiros sobre a implementação do projecto em base mensal, trimestral e anual e garantir a sua apresentação atempada a todas as partes interessadas, (vii) Apoiar na preparação, coordenação e supervisão de todas as auditorias – internas/externas – financeiras e administrativas, e dar o devido tratamento às recomendações dos auditores, (viii) Apoiar na preparação de um manual procedimentos financeiros e administrativos, (ix) Participar nas reuniões da UGP e das missões de supervisão do BAD.

Os candidatos serão selecionados de acordo com os seguintes critérios mínimos: (i) Licenciatura em área relevante (ex. Gestão financeira, Economia, etc), (ii) 5 anos de experiência em gestão financeira de projectos financiados por instituições multilaterais (ex. BAD, Banco Mundial, etc.), (iii) Habilidades de comunicação oral e escrita em Português e em Inglês, (iv) Domínio do Microsoft Office na óptica do utilizador, (v) Experiência em países africanos, particularmente em Angola.

 

2.O PDCT convida os consultores individuais elegíveis a manifestarem o seu interesse na prestação destes serviços. Os consultores interessados devem fornecer evidência das suas qualificações (formação académica, experiência de trabalho, descrição de trabalhos similares, etc.). 

 

3.As manifestações de interesse devem ser redigidas em Português ou Inglês e devem ser entregues no endereço abaixo até ao dia 5 de Outubro de 2018, das 09:00 às 15:30 horas. Mais informações podem ser obtidas no mesmo endereço e horário.

 

Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia - Ministério do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação

Avenida Ho Chi Minh, 201, Centro Nacional de Investigação Científica

Maianga, Luanda – Angola

Coordenadas GPS: 8°50'20.6"S , 13°13'53.7"E

E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

4.Os critérios de elegibilidade, estabelecimento da lista restrita e processo de selecção estarão de acordo com " Rules and Procedures for the Use of Consultants " do Banco Africano de Desenvolvimento, de Maio de 2008, Edição Revisada em Julho de 2012, que está disponível no site do Banco em http://www.afdb.org. Queira ter em conta, por favor, de que o interesse manifestado por um consultor não implica qualquer obrigação por parte do PDCT do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação em o/a incluir na lista restrita.

 

Clique aqui para baixar o PDF da publicação no Jornal de Angola.

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MESCTI Realiza Encontro para Definição de Projectos Prioritários para a Agenda Empresarial e de Inovação 2018 - 2022

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação realizou, no dia 13 de Setembro, no Hotel de Convenções de Talatona, o encontro para a definição de temáticas e/ou projectos prioritários entre as Instituições de Ensino Superior (IES), Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento (I&D) e Empresas, com o objectivo de propor a prioridade nacional em termos de investigação científica e inovação tecnológica para uma Agenda Empresarial e de Inovação. O encontro teve o seu foco em áreas prioritárias como Agricultura e Florestas, Pecas e Mar, Saúde, Ambiente, Energia e Águas, Indústria e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) por serem transversais e portadoras de futuro. 

Presidiu a actividade a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, ladeada pelo Secretario de Estado da Indústria, Ivan Magalhães do Prado e pelo Secretário de Estado das Tecnologias de Informação, Manuel Homem. O Secretário de Estado do Ensino Superior, Eugénio Silva, também esteve presente.

Durante o discurso de abertura, a Ministra do Ensino Superior,  Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, afirmou que “não haverá futuro para a indústria angolana fora da inovação”, lançando o repto às IES e às I&D para que – a par da formação de quadros, colocando-os disponíveis para o mercado de trabalho, e da realização de actividades de investigação científica – se criem também áreas ou estruturas que se ocupem e se especializem em matéria de transferência de tecnologia no apoio à inovação. A Ministra frisou ainda que a quarta revolução industrial,  que está em curso no mundo, ameaça a frágil competitividade da economia angolana, daí a importância da iniciativa privada na liderança do processo, criando condições necessárias para que a inovação esteja acessível a todas as empresas.

O encontro esteve dividido em 3 painéis, nomeadamente:

  • Painel I – Desafios Sectoriais e Empresariais no Domínio da CTI, 2018 - 2022;
  • Painel II – Identificação de Temáticas para a Elaboração de Projectos Prioritários para a Agenda Empresarial e de Inovação 2018 - 2022;
  • Painel III – Propostas de Temáticas nas Áreas de Agricultura e Florestas, Pescas e Mar, Saúde, Ambiente e Energia e Águas, Indústria e TIC.

As conclusões e recomendações do encontro poderão ser convertidas em projectos de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação, a serem aplicados nos próximos cinco (5) anos. 

Participaram no encontro Empresas, Especialistas, Investigadores Científicos (das áreas da Agricultura e Florestas, Pescas e Mar, Saúde, Ambiente e Energia e Águas, Industria e TICs), Associações Empresariais, Ordens Profissionais, Membros do Governo, Responsáveis das IES e I&D, Directores Nacionais e Consultores.

 

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Universidade Agostinho Neto Organiza 6.ª Edição da Feira do Livro

A Universidade Agostinho Neto (UAN), pela Biblioteca Central, realiza de 18 a 21 de Setembro (das 09h00 às 14h00), no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), a 6.ª Edição da Feira do Livro, um certame que tem como objectivo interagir com a comunidade académica, divulgar trabalhos de autores e de editoras, com vista a promover o gosto pela leitura e investigação científica no seio da sociedade.

Na 6.ª Edição da Feira do Livro participam expositores das distintas unidades orgânicas da UAN, livrarias, distribuidoras, editoras, entre outros. Especificamente, 3 editoras e 9 livrarias nacionais vão expor na Feira, além dos diferentes serviços e Unidades Orgânicas da Universidade Agostinho Neto, que farão a promoção dos seus serviços e cursos de graduação e pós-graduação.

O acto de abertura da feira terá lugar no Anfiteatro do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia da UAN, cabendo à Vice-Reitora para Área Científica e Pós-Graduação, Professora Doutora Maria Antonieta Baptista, as palavras de boas-vindas, seguindo-se o discurso de abertura do Magnífico Reitor Interino, Professor Pedro Magalhães, que fará, logo a seguir, o corte da Fita, simbolizando a abertura da Feira ao pessoal docente e discente da UAN e ao público em geral.

A Feira do Livro da UAN é um evento anual, que se realiza nesta época, em homenagem ao seu Patrono e seu primeiro Reitor – Dr. António Agostinho Neto – e para assinalar mais um aniversário da UAN, que se celebra a 28 de Setembro. 

Venha e conheça a exposição! 

 

Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC)

Av. Ho Chi Minh, Maianga | Luanda | Angola

Coordenadas GPS| GPS Coordinates: 8°50'20.6"S , 13°13'53.7"E

 

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Submissão de Trabalhos para as X Jornadas Científicas do ISCISA

  • Publicado em Eventos

O Instituto Superior de Ciências da Saúde (ISCISA) da Universidade Agostinho Neto (UAN) informa que estão abertas as inscrições para a submissão de trabalhos para as X Jornadas Científicas sob o lema “Saúde, um bem comum: desafios para a melhoria da prestação de serviços,  a realizar-se nos dias 7 e 8 de Novembro de 2018 no Campus Universitário do Camama.

Já na sua X edição, as jornadas científicas do ISCISA constituem um momento para a comunidade científica e a estudantil e demais participantes reflectirem sobre diversos temas actuais relacionados com a saúde.

Para esta edição, estão definidos os seguintes temas: 

  • Psicologia, Saúde e Qualidade de Vida;
  • Assistência de Enfermagem;
  • Diagnóstico e Terapêutica;
  • Cuidados Primários de Saúde. 

 

Inscrições

As inscrições podem ser feitas até ao dia 31 de Outubro, mediante o pagamento de uma taxa:

  • Estudantes: 2 500,00 Kz;
  • Profissionais da Saúde e outros profissionais: 5 000,00 Kz. 

 

Para mais informações sobre as normas para a submissão dos trabalhos, consulte aqui  o PDF em anexo. 

 

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Reduções: sigla, ou acrónimo, ou abreviatura?

 

O assunto que hoje trazemos em discussão parece-nos actual e, sobretudo, pertinente, na medida em que a sigla, o acrónimo e a abreviatura são, por vezes, tidos como sinónimos. Confunde-se a sigla com o acrónimo, e vice-versa – diga-se, a existência de pontos a separar cada uma das letras iniciais de um grupo de palavras[S.A.D.C] era, até há relativamente pouco tempo, um elemento fundamental para se distinguir a sigla do acrónimo. Confunde-se também a abreviatura, quer com a sigla, quer com o acrónimo. O Relatório sobre os Indicadores de Linha de Base, relativos aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, recentemente publicado pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola, é um exemplo da confusão existente. 

Assim, com a questão “sigla, ou acrónimo, ou abreviatura”, pretendemos trazer alguns exemplos práticos de como distinguir cada uma dessas criações lexicais. Por um lado, damos continuidade, numa outra versão, das discussões tidas com alguns chefes e colegas. Por outro lado, retomamos uma discussão pública sobre a diferença entre sigla e acrónimo, em que se defende dever ler-se [S-A-D-C] e não [SADEC]. Trata-se, por isso, de um assunto que julgamos suscitar o interesse de todos.

 

A sigla, o acrónimo e a abreviatura

Apesar de ainda haver confusão na distinção dos termos, a sigla, o acrónimo e a abreviatura distinguem-se entre si. Têm em comum o facto de ambos os termos serem um tipo de redução. 

 

De acordo com Duarte Martins (2014, p. 248), a redução é o  “termo genérico que abrange em si os fenómenos e processos de encurtamento em geral”, em que se inserem a sigla, o acrónimo e a abreviatura. Entenda-se por termo genérico o termo que agrupa no seu interior outros termos, como se pode ver na figura abaixo: 

 

Na figura acima, a sigla, o acrónimo e a abreviatura são um tipo de redução. Para além da sigla, do acrónimo e da abreviatura, existem outros tipos de redução, como são os casos de truncamento (quilo, de quilograma; foto, de fotografia), dos símbolos (CO2 Dióxido de Carbono; O = Oxigénio), entre outros. No entanto, interessa-nos apenas abordar a sigla, o acrónimo e a abreviatura por serem os que mais suscitam confusão. 

 

Sigla

Palavra formada através da redução de um grupo de palavras às suas iniciais, e que é pronunciada soletradamente, isto é, letra a letra . 

Exemplos:

APD =  Ajuda Pública ao Desenvolvimento

BPC =  Banco de Poupança e Crédito 

DGCDC  =  Departamento de Gestão por Competências e Desenvolvimento de Carreiras

 

O Acrónimo 

Palavra formada através da junção de letras ou sílabas iniciais de um grupo de palavras, que se pronuncia de forma integrada, como uma palavra só, respeitando, na generalidade, a estrutura silábica da língua . 

Exemplos:

DARGD = Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de Dados

MESCTI = Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação 

MINFIN = MINistério das FINanças

 

Abreviatura

A abreviatura é, por sua vez, uma forma convencionada de representação gráfica de uma palavra através da escrita de apenas um subconjunto das suas letras seguido de um ponto. Na abreviatura, a redução só ocorre na escrita, não afetando a pronúncia da palavra . Ou seja, a palavra abreviada continua a ser lida como uma palavra inteira. A convenção implica que um grupo concorde com uma determinada forma abreviada. 

Exemplos:

D. = Dom

Dr. = Doutor

Sr. = Senhor

Parece-nos não haver dúvidas de que a sigla, o acrónimo e a abreviatura correspondem a diferentes processos de redução de uma palavra. A abreviatura, sobretudo, parece ser de mais fácil compreensão. 

Tal como referimos acima, ainda é comum confundir-se os termos entre si. Trazemos aqui em discussão os casos constantes no Relatório do Instituto Nacional de Estatística de Angola. Concentremo-nos na imagem abaixo desse Relatório:

 

Se considerarmos os aspectos teóricos aqui apresentados, relativamente ao que é uma sigla, um acrónimo e uma abreviatura, facilmente reconhecemos divergências entre o título escolhido e os vários fenómenos de redução a que o título faz referência. Como dissemos no início da nossa abordagem, a existência de pontos depois de cada uma das  letras de uma sigla permitiria à partida distingui-la do acrónimo. Pensamos que a tendência para a supressão dos pontos se justifique para demonstrar que a sigla é um item lexical de pleno direito. A existência de pontos a separar cada uma das letras poderia condicionar a classificação da sigla como uma palavra. 

Assim, com o desaparecimento dos pontos na sigla, o critério silábico passou a ser o elemento fundamental para distinguir a sigla do acrónimo. Dito isto, as palavras ODA, AVE, CAD e COPACE não são actualmente tidas como siglas, mas sim como acrónimos. São acrónimos porque ODA, AVE, CAD e COPACE obedecem a uma determinada organização silábica da língua, ou seja, a uma organização rítmica da fala. Não se pronunciam letra a letra. Nestes acrónimos reconhecemos padrões silábicos da língua portuguesa: 

ODA; AVE= CV (consoante + vogal)

CAD = CVC (consoante + vogal + consoante)

COPACE = CV (consoante+ vogal)

É erróneo pensar que palavras de outros sistemas linguísticos, mesmo que obedecendo ao padrão silábico da língua portuguesa, não devam ser consideradas acrónimos. Relativamente a ODA (Official Development Assistance), AVE (Added Value Equivalents) e CAD (Development Assistance Committee), embora cada uma das letras corresponda a letras iniciais de palavras em Inglês, isto não impede a sua classificação como acrónimo. Por exemplo, no caso de NATO (North Atlantic Treaty Organization), ninguém pronuncia este item letra a letra: N-A-T-O. Mas, sim, como uma palavra só: NATO. Também não se pronuncia letra a letra UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization). Queremos com isto dizer que não está errado pronunciar SADC como uma só palavra [SADEC]. A palavra ONU, classificada como sigla pela Nova Gramática do Português Contemporâneo, na sua primeira edição, actualmente já é considerada, pela mesma Gramática, como um acrónimo.

No caso de CO2, na figura acima, não é nem abreviatura nem sigla, mas sim um símbolo, mais concretamente um braquigráfico, ou seja uma conjugação de letras e de números. 

Não se verificando em toda a secção “Abreviaturas e Siglas” do Relatório do Instituto de Estatística de Angola qualquer abreviatura, o título mais correcto seria: Siglas, Acrónimos e Símbolos. 

As siglas e os acrónimos geralmente não flexionam em número, ou seja, quase nunca ocorrem no plural, embora isso se verifique nalguns casos (ex.: PMDs = Países Menos Desenvolvidos).Não se recomenda a flexão em número.

 

Autor:

Silvestre Estrela

Licenciado em Línguas, Literatura e Administração pela Universidade Católica de Angola; Pós-graduado em Gestão e Curadoria da Informação e Mestre em Terminologia e Gestão da Informação de Especialidade pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e doutorando em Linguística na mesma instituição; Revisor de Textos Freelancer, com quatro anos de experiência efectiva; Técnico do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação | Contacto: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

 

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MESCTI Realiza a 9.ª Edição da Feira do Inventor/Criador Angolano (FeICA)

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) realiza de 14 a 16 de Setembro de 2018 a 9.ª Edição da Feira do Inventor/Criador Angolano (FeICA), uma actividade técnico-científica e cultural que se insere nos programas do Governo angolano de Promoção da Cultura Científica e da Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo de Base Tecnológica. 

A FeICA tem como finalidade disseminar acções relacionadas com a Ciência, Tecnologia e Inovação e reconhecer trabalhos desenvolvidos por diferentes actores nacionais e estrangeiros que se dedicam à Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Nesta 9.ª Edição, em que se estima a participação de 200 expositores e projectos de diversas áreas do saber, o MESCTI privilegia ideias, protótipos e produtos orientados para as áreas das Engenharias, Ciência e Tecnologia, Educação, Saúde e Agricultura.

Estarão ainda em divulgação vários atractivos sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, tais como: Vídeos, plataformas A, B, C e Z da Programação, Inclusão Digital com Conteúdos Educacionais, Weza – A Criança e o Computador; A Criança e o Mundo Digital, Ciência Yetu, Reciclagem Electrónica, Fascínio das Plantas, Passeio Micológico, Imagine Cup, Feira ANEUD, Negócios Sustentáveis, Prémios Estrelas DSTV - Eutelsat e Incubadora de Ovos (Africa Innovation Foundation – AIF). 

 A 9ª Edição da FeICA decorrerá no espaço do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) e Centro Tecnológico Nacional (CTN),  sito na Avenida Ho Chi Minh S/N, em Luanda.

 

Para mais informação consulte o aqui o regulamento e o programa da actividade, em anexo.

 

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Os Perigos da Pseudociência

São cada vez mais numerosos os casos de pseudociência na produção científica mundial, sem que haja algum sinal de abrandamento ou pausa. 

Ao lado da ciência poderá estar a pseudociência, pois o conhecimento também pode ser falsificado. A pseudociência, protagonizada por “cientistas”, caracteriza-se pelo uso de métodos não-científicos  que abrangem ideias e medidas incorrectas, e outras formas de má ciência, sem qualquer fundamentação científica.

No âmbito de uma colaboração denominada Fake Science (pseudociência), alguns meios de comunicação internacionais, como a NorddeutscherRundfunk (NDR), o SüddeutscheZeitung, o The New Yorker, o Aftenposten e o Le Monde investigaram a extensão e o impacto do fenómeno da pseudociência. Na investigação, o Le Monde procurou saber a forma como a pseudociência se manifesta. Tendo verificado que durante uma década, editoras como Omics e ScienceDomain (Índia), Waset (Turquia) e a Scientific Research Publishing (China) criaram centenas de revistas de acesso aberto sem qualquer equipa editorial. Cobram taxas para quem quiser publicar trabalhos, sem precisar passar pela revisão por pares. A revisão por pares, antes de qualquer publicação científica, é um dos principais passos para a construção da ciência, na medida em que há a validação por diferentes especialistas. 

O mesmo mecanismo existe para conferências científicas: muitas vezes são solicitadas por correio electrónico, os investigadores registam-se, pagando uma taxa, para apresentar seu trabalho. Mas muitas vezes não há ninguém para ouvir essas conferências simuladas.

A Internet é o meio de difusão da pseudociência. João Cerqueira, médico e autor do blogue Scimed, numa entrevista ao jornal português o Público, afirma que o “problema é o da literacia das pessoas, que vão à Internet e não conseguem diferenciar a informação credível de pseudociência”. 

É importante distinguir a ciência da pseudociência, fundamentalmente quando diz respeito a questões de saúde. Isto porque, como considera Sven Ove Hansson, a ciência médica se desenvolve e avalia tratamentos segundo as provas da sua eficácia. Actividades pseudocientíficas nessa área dão origem a intervenções ineficientes e por vezes perigosas. 

Uma forma de fugir aos perigos da pseudociência, é começar por verificar se há referência a estudos científicos e, de seguida, procurar saber que tipos de estudos são esses. “Usam-se estudos laboratoriais, estudos feitos em animais e com baixas amostragens para validarem teorias que já foram descredibilizadas em estudos clínicos [em pessoas]”, frisou João Cerqueira.

 

Artigo orginial: Le Monde

 

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